quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ENCONTROS CONCRETOS - MOSTRA DE CENAS CURTAS - TRATADO SOBRE AS BELAS TRISTEZAS

NOS DIAS 15,16 E 17 DE OUTUBRO OS GRUPOS FORMADOS DURANTE A IMERSÃO EM PROCESSO COLABORATIVO APRESENTARÃO SUAS CENAS!

TRATADO SOBRE AS BELAS TRISTEZAS - MOSTRA DE CENAS CURTAS

Grupo: Provisório
Cena: Claustro
Direção: Adriana Lodi
Assistente de Direção: Pedro Caroca
Dramaturgia: Márcia Amaral
Cenografia/Figurino: Roberto Cardoso
Iluminação: Alexandra Martins
Sonoplastia: Alma Arriaga
Elenco:
Cristiano Hoppe Navarro
Du Oliveira
Marcia Regina
Nobu Kahi
Pedro Mesquita
Ricardo Souza
Yacine Guellati
Músicos Convidados:
Diego Santos
Michelle Nogueira
Sinopse: A violência que me acomete dia-a-dia é a de me manter acorrentado ao meu eu de ontem. Não consigo abandonar nada do que eu tenho. Minha voz e minha memória me enclausuram numa jaula escura e então sigo acorrentado a mim mesmo durante toda a vida.
Capacidade para 40 pessoas
Censura 16 anos

Grupo: Desconcerto
Cena: Aos ame ir
Direção: Pâmela Alves
Dramaturgia: Jullya Graciela
Cenário/Figurino: Diana Cunha
Iluminação: Pepito Assis
Sonoplastia: O grupo
Elenco:
Adair Oliveira
Ana Girassol
João Miguel Gonzaga
Julie Wetzel
Lane Moura
Thaidy Oliver
Sinopse: Até que ponto lembrar nos perturba? O amor de mãe é realmente igual? A morte pode transformar a vida de alguém?
Capacidade mais de 250 pessoas
Censura Livre

Grupo: CIA Teatro em Crise
Cena: Cubo(s) de Cristal
Direção: Andrea Costa
Dramaturgia: Milton César Pontes
Cenografia/Figurino: Anna Cristina Prado e Camila Gati
Iluminação: Carmem Sylvia Santiago e Luiz Sampaio
Sonoplastia: Hugo Carvalho
Elenco:
Glednna Fernanda
Ju Welasco
Karine Luiz
Karol Oliveira
Wesllen Masolliny
Sinopse: Cubo(s) de cristal é um espetáculo que trata das lembranças, da temporalidade da vida onde tudo se desfaz numa curva descendente. O que antes era límpido torna-se embaçado, o que era vigor em cansaço e solidão. Lia acaba de completar 80 anos e revisita as memórias que plantou durante a vida.
Capacidade mais de 250 pessoas
Censura Livre

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ENCONTROS CONCRETOS - REGISTRO DE EXPERIÊNCIAS

DIÁRIO DE BORDO - OFICINA DE IMERSÃO EM PROCESSO COLABORATIVO COM O GRUPO TEATRO DO CONCRETO

08 de Setembro de 2010 - Primeiro dia de oficina
Primeiro encontro com os oficineiros. Nesse dia foi abordado qual o metodo do teatro colaborativo. Foi dito que teatro colaborativo é uma junção de todas as areas ( direção, dramaturgia, iluminação, cenario, figurino e atuação)  a serviço da criação. Que existe uma zona de contagio, onde os criadores passam por um processo de contaminação onde os nucleos administrativos se unem para responder a um posicionamento coletivo. Dentro dessa perspectiva o botão de start seria falar um depoimento pessoal a partir da seguinte questão: Das suas historias mais belas qual a mais triste? Os alunos foram pra casa com essa questão na cabeça para formular o depoimento pessoal , com a preocupação de resgatar nesse depoimento, sensações, imagens , cheiros enfim tudo que poderia ser utilizado como material para dramaturgiaa e encenações.

13 de setembro - Segundo dia de oficina
Qual a minha relação com o teatro hoje? Essa foi a questão passada para que os alunos escrevessem suas respostas em folhas .Foi feito um alongamento básico e em seguida um aquecimento com jogos teatrais, foi muito divertido participar pois exercicitar o cerebro para que obedeça os comandos dado pela oficineira Silvia, é complicado mas quando se  torna fluido o exercicio fica muito prazeroso. Outros exercícios com canções foi passado pelo oficineiro Nei, que foi um aquecimento exaustivo devido  as corridas e foi empolgante por que de certa forma era uma grande brincadeira. Para fechar o dia cada um levou pra casa a resposta da pergunta feita no inicio da aula,porem era uma resposta  de outra pessoa do grupo para elaborar uma cena.

14 de setembro - Terceiro dia de oficina
Começamos com um alongamento e como havia pessoa novas no grupo  foi proposta uma interação a partir de jogos teatrais, a grande questão desses jogos que foi levantada foram o foco para manter atenção no trabalho exercicido e disponibilidade para aceitar a troca.  Depois os alunos apresetaram as cenas, que de um modo geral falava com a expressão corporal, e algumas repetiam as mesmas colocações como falta de apoio familiar, sonho impossivel, encontro de si, um lugar comum para todos. E finalizou-se com uma roda de comentarios.

15 de setembro - Quarto dia de oficina
“ouvir é mais importante que falar” essa foi a colocação de um dos oficineiros antes de dar início ao exercicio que era o depoimento pessoal de cada aluno.

16 de setembro - Quinto dia de oficina
Um alongamento. Um aquecimento. Continuação  dos depoimentos.

17 de setembro - Sexto dia de oficina
Separação dos sub grupos, cada grupo foi composto por um diretor, dramaturgo, iluminador, cenografo/figurinista, sonoplasta  e aproximadamente 6 atores. Foi escolhido 5 depoimentos para começar a etapa de criação coletiva, levando em consideração as principiais visões do grupo. Para atuação foi proposto um exercicio de criar 5 açoes a partir dos depoimentos. Minhas ações foram baseadas em 5 palavras que eu escolhi retirar dos depoimentos : desespero, infancia, medo,tranquilidade e superação.

20 de setembro – Sétimo dia de oficina
Hoje a oficina de atuação foi ministrado pelo oficineiro Zé Regino, foi passado para os alunos/atores um alongamento e em seguida um jogo com bastões, depois houve a apresentação das 5 ações  de cada ator dos 3 grupos.Para melhor entendermos o que é ação o oficineiro Zé Regino explicou de forma clara que ação é a transformação do gesto em movimento com intenção ,e que respiração é o pincipio de qualquer ação. O grande foco hoje foi as ações.

21 de setembro - Oitavo dia de oficina
Continuação do treinamento de hoje, fizemos os mesmo alongamentos e para enterdemos o principio da ação foi proposto um exercicio de deslocamento de peso, depois reapresentamos as açoes, com uma novo olhar e entendimento a respeito de Ação.

22 de setembro - Nono dia de oficina
Alongamento. Jogo pique-pega, acreditar no jogo do pique-pega é como estar em cena, em todo o momento o ator fica com  o corpo presente, atento as movimentações  e existem 4 maneiras de como fazer o jogo funcionar: 1- neutralidade, 2- impulso(ação), 3- fofo, 4- re-ação. O grupo ao qual estou inserida, fez um debate sobre o que gostariamos de passar com as ações e qual caminho seguir, foi proposto ao atores que levassem obejtos de cena para experimentação.

23 de setembro – Décimo dia de oficina
Alongamento. Pique pega comum. Pique pega com intenção e repetição da mesma, a maior dificuldade que senti hoje é como espressar o que penso, eu sei na teoria no campo da imaginação o que tem que ser feito o desenho esta na cabeça, mais não na execução. O Objeto que levei foi um copo com um arame para fazer bolinhas de sabão.

24 de setembro – Décimo - primeiro dia de oficina
Alongamento. Debate da repetição do exercicio. Foi feito a leitura do primeiro canovaccio, em seguida os atores improvisaram 7 cenas curtas a partir das perscepções que tiveram sobre o canovaccio.

27 de setembro – Décimo -segundo dia de oficina
Alongamento. Debates sobre o que é ação e reação. Reação é uma forma de revelar a personagem, pois a cena torna-se mais interessante a partir dessas novas informações a respeito da personagem quando ela reage a diversos estimulos. Outro foco importante é a respiração, com ela a ação corre com naturalidade.

28 de setembro – Décimo - terceiro dia de oficina
Apresentação das cenas dos grupos sob a visão do canovaccio.

29 de setembro - Décimo-quarto dia de oficina
Conversa entre atores e troca de experiencias. Os grupos falam das cenas vistas.

30 de setembro – Décimo-quinto dia de oficina
Alongamento. O grupo ao qual estou inserida discutiu sobre as cenas apresentadas, escolhemos qual seriam as que mais se adequa a linguagem que o grupo gostaria de seguir, que a principio era incomunicabilidade, mais agora começa a mudar de foco e de repente a prioridade são memorias e lembranças.

01  de outubro – Décimo - sexto dia de oficina
Levantar as cenas sob a nova perspectiva de visão do tema que o grupo esta definindo. Refazer as cenas e refletir sobre o andamento do grupo.
Por  Juliana Welasco Santana.

ENCONTROS CONCRETOS - DEPOIMENTOS SOBRE DIÁRIO E BORBOLETAS

DEPOIMENTOS SOBRE OS ESPETÁCULOS "DIÁRIO DO MALDITO" E "BORBOLETAS TÊM VIDA CURTA", NA FUNARTE, DURANTE O PROJETO ENCONTROS CONCRETOS

Sensações Concretas

Quem assistiu ao “Diário do Maldito” não sabia o que iria encontrar em “Borboletas têm vida curta”. Confira o registro das sensações concretas de quem foi nos visitar na Funarte em Setembro.

Eu vi no jornal ENTRADA FRANCA. Chamei minha amiga e ela disse que por ser de Plínio Marcos seria muito triste. Eu vim muito empolgada. Não esperava nada da peça, porque eu não conhecia o grupo. Mas achei as cenas bem fortes: um tapa na nossa cara por tudo aquilo que a gente faz. Achei a leitura muito boa, a peça envolvente do começo até o final. Foi tão bem montada que me fazia lembrar de todas as peças do Plínio. Eu me sentia vivendo a vida dele.


(Agness Lima, Campinas-SP) – Sobre Diário do Maldito.


Acreditei que o “Borboletas...” fosse sobre lembranças, saudades, coisas que passaram muito rápido, o que fizemos, o que nos fez chegar até aqui... O espetáculo correspondeu ao que eu imaginava. Achei a atuação muito boa. Lembrei que minha mãe não me deixava plantar rosa (risos). Achei os atores muito preparados. Foi surpreendente a saída de debaixo da cama.


(Patrícia Fonseca, Campinas-SP) - Sobre Borboletas.


Ficou bem marcada a diferença entre uma montagem de dois anos (Diário de um Maldito) e de 22 dias (Borboletas têm vida curta). A peça mexeu comigo, me fez lembrar fatos da minha infância. Achei a outra peça (Diário) muito intensa. Encontrei vestígios dela, principalmente na atuação da atriz que fazia a Justiça e da que fazia a Mia. A peça foi muito gostosinha. Eu destaco a parte que ele pede para a mãe levá-lo no hospital. Gostei muito da fotografia.


(Agness Lima, Campinas-SP) - Sobre o Diário e Borboletas



Um grupo de teatro é, acima de tudo, um grupo de amigos. Tem que ter paciência chinesa e dedicação. Conheci o Concreto no "Entrepartidas". Sentimos que a peça foi preparada com pouco tempo. Não é igual ao "Entrepartidas", que tem uma produção grande. É mais leve. A gente que tá do lado de cá sente que faltou um pouco mais de profundidade. A minha opinião é emocional. Gostei da cama como coxia. Foi muito interessante e muito criativo. O debate mostra o que está por trás da cena. Gosto de ficar, gosto de ouvir. Toda vez eu digo que vou ouvir e acabo metendo o bedelho.

(Creusa Cantuaria, 65, Brasília-DF)


Esperava algo no mesmo nível do Maldito. Achei muito interessante a luz, a sombra atrás. Gostei de o ator sentindo a lembrança dele. Não foi nada linear.


(Gustavo Pires, Campinas-SP) - Sobre Borboletas

Organização José Reis

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

ENCONTROS ESTÉTICOS - CICLO DE DEBATES

DEBATE COM GRUPOS DE BRASÍLIA SOBRE PROCESSOS DE CRIAÇÃO - PROJETO ENCONTROS CONCRETOS


Vai! Vai fazer, do chão não passa!
Brasília, dia 25 de setembro, pouco mais de 10h da manhã, tempo bem seco, todo mundo carregando um baita desejo de chuva. Estamos no foyer de entrada do Teatro Funarte Plínio Marcos, no gramado distante o grupo Batalá ensaia e enche o espaço de seu percussivo e contagiante som.

Numa roda, comandada pelo nosso acolhedor Nei, estão fazedores e fazedoras de teatro, de um teatro alicerçado na idéia de coletividade. A primeira a falar foi Maíra ou como vem sendo chamada aos poucos “Maíra Pára-raios”, é isso mesmo, a mulher aparentemente frágil é um poço de força e determinação, carrega no corpo a herança de ser filha de Ary Pára-Raios, o fundador de um dos grupos mais importantes de Brasília, o Esquadrão da Vida, criado em 1979 e que faz da rua o seu imenso palco dos sonhos e da alegria. 

Depois de Maíra, com tanta história pra contar, ouvimos Laércio falar sobre a arte do Voar Teatro de Bonecos, um grupo do Gama que se dedica a moldar látex, panos, arames, madeira e criar vida com isso...vê se pode?! É isso mesmo, bonecos que nascem no Gama, das mãos de homens e mulheres que ali vivem e trabalham e que estão encantando o Brasil todo. 

Alice e Rachel seguiram a roda de conversa apresentando o trabalho do recém criado Teatro do Instante, que se dedica a pesquisar o trabalho do ator, a partir de diferentes técnicas, muitas delas com forte influência oriental. Atualmente o grupo está finalizando processo de pesquisa e montagem a partir da obra de Clarice Lispector, numa perspectiva de trabalho que procura construir uma encenação bastante multidisciplinar.

O último grupo a contar sua trajetória e aspectos do seu trabalho foi o Trincheira CIA de Teatro, na voz de Sérgio, Celma e Tainá. O grupo carrega nas veias a emoção da pesquisa sobre o estudante Honestino Guimarães, morto durante a ditadura militar e até hoje tratado com displicência pelas instâncias governamentais. Além de falar sobre a pesquisa, o grupo compartilhou também das crises inerentes a esse fazer grupal, desafios que exigem força na vontade de permanecer junto criando.

Eu fiquei ali num cantinho ouvindo, anotando o que dava conta, depois comecei a falar e já não consegui registrar muito mais.... mas, acima de tudo, senti tanto orgulho dessas diferentes vozes, que, como o Concreto, seguem fazendo realidade o desejo de fazer teatro, de fazer teatro junto com o outro, de superar desafios financeiros, relacionais, afetivos, políticos, estéticos. Eita, fazer teatro é uma escola de fazer gente!

Pra quem não pode estar...segue aí alguns fragmentos que consegui pescar nesse mar de força e sonho! No final da conversa rolou uma super discussão sobre o papel do(a) diretor(a) de teatro, questões instigantes, polêmicas, ricas, mas...não consegui anotar. O título acima, vem de uma fala da Maíra...acho que é um eterno convite a superar desafios!

FRAGMENTOS DE UM DEBATE  [Formas de criar e se organizar coletivamente]
“O pai era meu mestre, eu carrego essa história, a minha história é o Esquadrão”.
“O Esquadrão tem a cara de Brasília, toda vez que a gente se apresenta eu sinto isso”.
“O Esquadrão da Vida faz a gente ser diferente”.
“Trabalhar com acrobacia é lidar com os nossos medos, todos eles”.
“Fazer teatro de rua é também uma postura política”
“A história do Voar só faz sentido na história do teatro de bonecos do Gama. Lá temos cerca de 7 grupos de teatro de bonecos, cada um com suas especificidades”.
“O nosso trabalho é pela prática, experimentando formas de manipulação, de criação dos bonecos”.
“Uma discussão atual é a sustentabilidade do grupo, porque ninguém quer que o grupo acabe”.
“A gente nunca escolhe a técnica previamente, pegamos o texto e vamos experimentando”.
“Hoje estamos trabalhando com confecção de bonecos de látex, que tem um diferencial na qualidade dos bonecos”.
“A gente adotou uma política que é enviar projetos para todos os editais, tendo chance ou não”.
“A organização do grupo foi um ponto importante para atingirmos a visibilidade que estamos tendo”.
“Uma coisa que a gente se orgulha muito é de ser do Gama, desenvolver o nosso trabalho lá, com moradores de lá e estamos levando isso para o Brasil todo”.
“Eu gosto muito do meio de teatro de bonecos, as pessoas são muito generosas”.
“Nesse processo sobre Clarice, o André que está trabalhando com a gente na dramaturgia, desenvolve três princípios para pensar a dramaturgia: pulsações, impulsos, disritmia”.
“A gente tem pensado numa dramaturgia dos sentidos, uma recepção que passe pelos 5 sentidos”.
“Falar do Honestino, não é só a morte propriamente dita, são muitas mortes, a morte dele, a morte de um corpo que desapareceu, a morte da memória”.
“O Museu Nacional tem o nome do Honestino Guimarães, mas a Secretaria de Cultura não divulga isso em parte alguma”.
“Acho que blogs e outras maneiras de falar de espetáculos tem provocado uma mudança, feito com que o que é crítica, se torne diálogo”.
“Brasília precisa vencer esse desafio e arriscar temporadas mais longas”.
“Processo Colaborativo não precisa ser uma obrigação/moda de metodologia de trabalho, que bom que tem gente que trabalha em outra perspectiva, não há melhor ou pior, são formas diferentes de trabalhar e criar”.

Por  Francis Wilker

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CENA INVERTIDA - DRAMATURGIAS EM PROCESSO

CONHEÇA UM POUCO SOBRE A PUBLICAÇÃO DO TEATRO INVERTIDO!

Financiado pelo Fundo Estadual de Cultura de Minas Gerais, o livro “Cena Invertida  - dramaturgias em processo” foi lançado através de uma parceria com o Selo editorial Edições CPMT do Centro de Pesquisa e Memória do Teatro do Galpão Cine Horto. A obra reúne artigos de importantes do teatro mineiro: Nina Caetano, Fernando Mencarelli, Davi Dolpi, Rita Maia, Rita Gusmão, Luiz Carlos Garrocho, Marcos Antônio Alexandre e Antônio Hidelbrando. A publicação apresenta uma retrospectiva dos seis anos de trajetória da trupe mineira, sob a ótica de artistas e pesquisadores que, de alguma forma, acompanharam seus processos criativos. Além de artigos, o livro presenteia o público com textos originais dos cinco espetáculos criados pelo grupo.

Mais informações: www.teatroinvertido.com.br

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ENCONTROS CONCRETOS COM TEATRO INVERTIDO!

O Teatro Invertido surgiu no ano de 2004, com o principal objetivo de aprofundar a pesquisa em treinamento do ator e criação cênica iniciada por seus integrantes no curso de graduação em teatro da UFMG. A cada nova montagem o grupo reafirma seu interesse pela investigação artística e pela colaboração como princípio ético do trabalho criativo. A busca por uma retomada da função social do teatro e sua comunicação com o espectador comum são as principais motivações dos processos criativos do grupo, que possui em seu repertório cinco montagens: Nossa Pequena Mahagonny (2003), Lugar Cativo (2004), Medeiazonamorta (2006), Proibido Retornar (2009) e Estado de Coma (2010).

Para conhecer mais o @teatroinvertido: www.teatroinvertido.com.br

PROIBIDO RETORNAR
O espetáculo PROIBIDO RETORNAR é um desdobramento da pesquisa "Ator Invertido - Cinco sentidos para a construção da cena", desenvolvida pelo Grupo Teatro Invertido ao longo dos anos de 2007 e 2008. O trabalho, que estreou em outubro de 2009 na sede do grupo, aprofunda a pesquisa do Teatro Invertido na criação em processos colaborativos, com os próprios atores assumindo a direção e a dramaturgia desse espetáculo. Através de uma narrativa fragmentada, repleta de simbolismos, o personagem central de PROIBIDO RETORNAR - um imigrante do interior que busca oportunidades na capital - conduz o espectador por suas memórias afetivas, tendo como contraponto a realidade cruel e competitiva do ambiente urbano. Aos olhos do público, uma identidade cheia de sonhos e desejos vai se transformando em meio à padronização das relações humanas e às imposições do mercado de trabalho. Ao longo da encenação, os sentidos do espectador são instigados em diferentes níveis. O olfato, a visão, a audição, o paladar e o tato convidam o público a mergulhar na história, resgatando suas memórias e conflitos pessoais. Neste trabalho, o grupo Teatro Invertido utiliza da ironia e da crítica social como principais recursos para traduzir a indignação frente à exclusão social e às condições de vida a que são submetidos a grande maioria dos cidadãos brasileiros. “O espetáculo não trabalha apenas o conflito entre o interior e exterior físico, a dura realidade de milhares de migrantes brasileiros. O sentido que trazemos em Proibido Retornar é mais universal, mostrando como é difícil para cada ser humano batalhar por seus sonhos e desejos internos diante da opressão do mundo exterior”, afirma Camilo Lélis, ator do grupo e um dos diretores do espetáculo.

FICHA TÉCNICA
Direção e atuação: Camilo Lélis, Kelly Crifer, Rita Maia e Rogério Araújo
Dramaturgia: Camilo Lélis, Kelly Crifer, Leonardo Lessa, Rita Maia e Rogério Araújo
Preparação vocal: Ana Haddad
Preparação corporal: Leandro Acácio
Cenário e figurinos: Paolo Mandatti
Iluminação: Felipe Cosse
Trilha sonora original: Ricardo Garcia
DURAÇÃO DO ESPETÁCULO: 60 minutos
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 16 anos


ESTADO DE COMA
O espetáculo ESTADO DE COMA é um desdobramento da pesquisa "Ator Invertido – Cinco Sentidos para a Construção da Cena", desenvolvida pelo grupo Teatro Invertido ao longo dos anos de 2007 e 2008. O trabalho, que estreou em março de 2010 no Festival de Teatro de Curitiba, dá seqüência à investigação do grupo na criação em processos colaborativos. ESTADO DE COMA tem como tema a relação do homem contemporâneo com o sentido do paladar. Através de uma sessão terapêutica conduzida por um médico-guru, especialista em nutrição e auto-ajuda, o espectador participa de um jogo irônico, refletindo sobre seus hábitos cotidianos motivados pelo estresse e pela supervalorização da imagem. Uma abordagem sarcástica dá o tom da encenação que se desenrola em um grande consultório médico e é permeada por um misto de charlatanice e sinceridade. A ironia provoca o riso a partir da identificação com situações rotineiras envolvendo o ato de “engolir”. Em ESTADO DE COMA o processo digestivo dos alimentos serve de metáfora para se falar da mecanicidade das relações cotidianas e da desatenção do homem com sua própria saúde física e mental. O senso crítico do espectador é o “prato principal” do cardápio que, bem temperado pelas provocações da cena, será ativado a partir de um olhar satírico e bem humorado.

FICHA TÉCNICA
Atuação: Camilo Lélis, Kelly Crifer e Leonardo Lessa
Direção: Rogério Araújo
Dramaturgia: Rita Maia
Cenário:Grupo Teatro Invertido
Figurinos: Camila Morena
Iluminação: Rogério Araújo
Desenho de som: André Veloso
DURAÇÃO DO ESPETÁCULO: 50 min
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 14 anos


NOSSA PEQUENA MAHAGONNY
Música e teatro, aliados a um humor satírico e atual, fazem de NOSSA PEQUENA MAHAGONNY uma divertida viagem ao universo televisivo. Atrações e arapucas se revelam para o espectador através da personagem Paulo da Lasca - vencedor da promoção: “Ganhe um milhão em Mahagonny!”. Envolvido pela ganância e pelo prazer desmedido ele se esbalda num paraíso virtual e acaba caindo em uma cilada, literalmente programada por seus anfitriões para alcançarem otão sonhado pico de audiência. Qualquer semelhança com fatos reais não é mera coincidência! Essa comédia musical para rua e espaços abertos é inspirada no texto “Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny” do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, tem direção cênica de Lenine Martins, direção musical de Ernani Maletta e Fernando Rocha e criação colaborativa de Bya Braga e Juliana Coelho. NOSSA PEQUENA MAHAGONNY estreou em junho de 2003 na cidade de Berlim, Alemanha, a convite do XI Simpósio da Sociedade Internacional Bertolt Brecht, como único representante da América Latina.
Ao longo de mais de 7 anos de trajetória, NOSSA PEQUENA MAHAGONNY já realizou mais de 80 apresentações em 17 cidades diferentes, dentre elas: Curitiba, Juiz de Fora, Uberlândia, Diamantina e Congonhas. Estas apresentações nos mais diversos espaços públicos abertos têm comprovado o êxito de NOSSA PEQUENA MAHAGONNY na comunicação com o público, estabelecendo, através do teatro de rua, um diálogo vibrante, divertido e, acima de tudo, democrático.

FICHA TÉCNICA
Atuação: Camilo Lélis, Kelly Crifer, Leonardo Lessa, Rita Maia e Rogério Araújo
Direção Cênica: Lenine Martins
Direção Musical: Ernani Maletta e Fernando Rocha
Finalização Dramatúrgica: Guilherme Lessa
Consultoria Dramatúrgica: Reinaldo Maia
Assessoria em Pesquisa: Vilma Botrel
Figurinos e Adereços: Laura Barreto
Cenário: Tarcísio Ribeiro Jr.
Criação Colaborativa: Bya Braga e Juliana Coelho
Realização: Grupo Teatro Invertido